March 25, 2022

Transformação Moral

Um dos aspectos mais relevantes relacionados com o estudo da Doutrina Espírita é a análise das consequências decorrentes do conhecimento dos seus princípios.

Ciente de que Deus é a inteligência suprema do Universo, causa primeira de todas as coisas, soberanamente justo e bom; que no Universo se encontram não apenas os elementos materiais, mas, também, os espirituais; que o ser humano é um Espírito imortal, dotado de corpo espiritual e de corpo material, este de existência temporária, o homem é levado a rever a escala de valores que adota em sua existência. Os valores espirituais e morais são mais importantes porque, sendo perenes, sobrevivem à existência material.

Considerando a diversidade de reações ao conhecimento da Doutrina Espírita, decorrente dos diversos graus de compreensão dos homens, em "O Livro dos Médiuns", Primeira Parte, cap. III, item 28, Allan Kardec esclarece que há:

1– os que vêem no Espiritismo apenas uma ciência de observação: são os espíritas experimentadores;

2 – os que compreendem a parte filosófica do Espiritismo, admiram a sua moral, mas não a praticam: são os espíritas imperfeitos;

3 – os que não se limitam em admirar a moral espírita, que a praticam e transformam a caridade, no seu sentido mais abrangente, na regra de proceder a que obedecem: são os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas cristãos.

Aquele, pois, que se manifestar plenamente convicto dos princípios que a Doutrina Espírita revela passa a ter por meta, em sua existência, a conquista de valores morais e espirituais, fundamentados nos ensinos do Evangelho que Jesus nos legou. Sabe que não conseguirá uma alteração imediata de comportamento por força dos hábitos milenarmente sedimentados em sua personalidade, mas trabalhará, a partir daí, no sentido da busca permanente de sua renovação interior, em processo de reeducação, caracterizada pela conquista de novos e melhores hábitos.

É por isto que Allan Kardec, falando sobre “Os bons espíritas” ("O Evangelho segundo o Espiritismo", cap. XVII, item 4) observa:

“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más.”

Fonte: Editorial da Revista Reformador - Junho/2004 (FEB)

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