TW: uso de drogas por menores (implícito), má relação com os pais.
O jovem Yoovidhya foi concebido no dia 22 de novembro de 1999 por um casal formado por uma engenheira química e um herdeiro de uma renomada industria farmacêutica na Tailândia. Recebido por eles e por sua irmã mais velha nascida dois anos antes, Kittisak sempre foi muito mimado e protegido pela família, resultando em uma criança bem fresca em diversos sentidos.
A vida escolar desse jovem não melhorou a situação: foi o típico aluno problema que ganhava palavras de reprovação a cada movimento. Os pais eram chamados com frequência para a instituição de reconhecimento internacional em que estava matriculado e, com isso, a relação da família com Kittisak passou de flores a espinhos. Não só recebia broncas dos professores por querer se divertir, agora os pais o censuravam e repreendiam.
Cresceu preservando essa relação ruim com os pais. Quem sempre o salvava era a irmã, Phailin, que sempre tentava aliviar as brigas e castigos dados pelos senhores Yoovidhya. Ainda assim, foi o típico adolescente revoltado que faltava às aulas e se metia em brigas e lugares que não devia — só Deus e Phailin sabem tudo o que esse garoto fez, com quem andou e o que usou durante essa fase.
Kittisak teve um grande choque de realidade (por mais incrível que pareça!) ao ser reprovado no primeiro ano do ensino médio. Claro, ele era inteligente, mas até as habilidades naturais têm limites, certo? Pelo menos foi o que a irmã disse na tentativa de consolá-lo. O castigo vindo dos pais foi pesado e ele passou os últimos anos da escola se dedicando plenamente à vida acadêmica. A situação familiar melhorou, e o jovem se formou, dando muito orgulho à família. Pensou que tudo ficaria bem depois daquilo, mas a vida claramente tinha outros planos para o caçula.
Enquanto a irmã fora presenteada com um intercâmbio para a finalização do ensino superior, o Yoovidhya se encontrava sem rumo novamente. Fala sério, ficar sem Phailin e ter que viver na companhia dos pais devia ser algo impossível de coexistir — mas, para seu azar, era tudo real. Os pais o pressionavam para que ingressasse em uma faculdade de química, assim como a irmã mais velha, mas, como alguém que sempre teve interesses diferentes e naquele exato momento descobria uma grande paixão pela dança, Kitti recusou, negou e recusou novamente até a relação com os senhores Yoovidhya regredir ao pior ponto. Apenas alguns anos se passaram até que não aguentasse mais e aceitasse ingressar no curso — mas em suas condições! E estas eram, que fosse permitido que se mudasse para a Coréia do Sul e tentasse uma universidade lá, a Yeosu National University.
Com a proposta aceita, Kittisak se apressou em iniciar os estudos e, um ano depois, já estava em solo coreano com apartamento pago e matrícula realizada na universidade que desejava, além da notícia de que a irmã se juntaria a ele posteriormente para a realização do seu mestrado na mesma instituição.
A vida do jovem no ensino superior não era muito melhor do que a de nível escolar: por não ter nenhuma identificação com o curso, pensava em desistir quase que diariamente. Mesmo assim, conseguiu chegar até o quarto semestre, com muita dificuldade. E não, não estamos falando de dificuldades intelectuais, mas de falta de vontade mesmo: o que mais motivava Kitti a não largar tudo e voltar para casa era... Bom, ter que voltar para casa. Jamais se prestaria ao papel de viver aquele inferno todo de novo. Além disso, tinha pequenas alegrias durante o clube de desenho e, naquele momento do curso principal, as coisas já estavam ficando mais interessantes: passando da metade do curso, tinha à disposição diversas atividades extracurriculares como estágio e iniciação cientifica, e não fazia ideia do que fazer primeiro.