TW: menção a paternidade irresponsável e a sites +18, vazamento de informações pessoais.

Seori, significando "geada", ou "congelamento", foi nomeada dessa forma por ter nascido no dia mais frio do ano, 24 de janeiro de 1991. Os pais a tiveram bem cedo, ambos com 20 anos. Isso fez com que criassem a Moon com pouquíssima responsabilidade emocional, acarretando no amadurecimento precoce da jovem.

Durante a escola, nunca foi de se dedicar muito aos estudos: preferia se dedicar aos amigos. Formou-se do ensino médio por muito pouco, ficando acima da média por apenas alguns pontos.

Assim que completou os 19 anos, abriu uma conta em um site +18, onde fazia renda como camgirl - na cabeça dela, o dinheiro fácil era o melhor tipo de dinheiro. Mantendo aquela renda em segredo, paralelamente os pais escolheram que começasse um cursinho para estudar para fazer a escolha de uma universidade. Lá, Seori se apaixonou pelo professor de matemática, e ambos acabaram tendo um caso que não terminou bem: descobriu apenas meses depois que o homem estava noivo e se casaria em breve.

Tomada então pelo espírito de competitividade recém-descoberto, tomou a decisão de estudar para ingressar na melhor universidade que oferecia o mesmo curso do ex-affair, Engenharia da Computação. No fim do ano, aos 20 de idade, fez o vestibular para a Kyungsan University e, como esperado, foi admitida em primeiro lugar para o curso escolhido. No mesmo ano, nasceu Moon Duri, sua irmã mais nova, que foi criada com mais responsabilidade pelos pais e com auxílio de Seori.

Durante os primeiros anos de graduação, o foco da garota era ter as melhores notas da turma - poderia dizer que a competitividade era de certa forma viciante, uma vez que sempre foi bem-sucedida e descobriu uma habilidade nova. Paralelamente, seguia com o trabalho na internet, usando o dinheiro ganho para financiar os estudos.

Com bastante dinheiro ganho, desativar a conta no site em que fazia renda foi a primeira reação quando, em uma de suas lives, seus dados foram vazados por um anônimo. Seori sentiu muito medo e, principalmente, vergonha, mas não se viu capaz de contar sobre aquilo para ninguém, carregando isso consigo até os dias de hoje. O máximo que fez foi usar suas habilidades para tentar apagar o que foi exposto, e pode-se dizer que ela teve sucesso: nada daquilo surgiu novamente em seu caminho. Tentando não se deixar abalar, seguiu com os planos nos estudos, formando-se com sucesso após os cinco anos de curso. Naquele ponto, não tinha esquecido tudo o que aconteceu e escolheu fazer um intercâmbio para o início do mestrado, mais precisamente, nos Estados Unidos, aplicando para o Massachussets Institute of Technology e, sendo aprovada, a escolha da área de pesquisa era bem clara para si: segurança cibernética.

O que não era claro, no entanto, era com o que gostaria de trabalhar. Perdida novamente, acabou se apaixonando pela ideia de lecionar quando, ainda no outro lado do mundo, experimentou um grupo de estudos e sentiu alegria pela primeira vez em muito tempo enquanto transmitia seus conhecimentos para os colegas. Finalmente, depois de mais de duas décadas, sentia que tinha um propósito.

Voltando à terra natal com um saldo positivo da viagem, iniciou o doutorado, realizado na Kyungsan, mesma instituição da graduação; seus focos foram a educação e novos métodos de ensino, com destaque no método inovador da instituição em que se formava, onde tentou a sorte também na vaga de professora, que lhe foi concedida em 2023 após o fim do curso superior.