01. Endless job.
tws: não identificado.
O trabalho de detetive não realmente desaparecia após se tornar capitão de divisão da polícia de Kaytan, mas para Daehwi que se tornou não apenas capitão mas membro da equipe tática especial ele raramente tinha tempo para o fazer. No entanto, aqui estava o sul coreano analisando um quadro de um pequeno caso que ele pegou para si próprio; seus olhos semicerrados e confusos, seus pés inquietos e seus dígitos beliscavam os próprios lábios conforme ele pensava que era impossível que fosse uma coincidência aquilo que ele olhava.
Poderia ser? Era mesmo possível ele estar lidando com um esquema de corrupção tão grande debaixo do próprio nariz? Foi naquele momento que o toque de seu próprio celular o fez perder o foco, vendo no visualizador o nome de sua filha, baixando a guarda com um suspiro de alívio.
— Yu? Como minha pequena está, hm? Sim, papai também está morrendo de saudades, eu logo vou para casa ok? Ok… eu levo sim, mas isso vai te custar um monte de beijos ok? — ele riu, conduzindo a conversa um pouco mais antes de desligar o telefone.
O assunto em suas mãos era delicado demais e Daehwi decidiu que era melhor desistir por hoje, não iria fazer grandes progressos se continuasse por agora. Contudo mais uma vez seu pensamento foi interrompido pelo celular e dessa vez ele não se incomodou de checar quem era, imaginava que era sua filha sendo mimada como sempre e portanto atendeu de uma só vez apenas para ser surpreendido por uma voz adulterada.
“Aparentemente seu pai não foi o suficiente então viemos atrás da sua mãe para você sabe, te passar uma mensagem, mas aparentemente ela viajou.. que sorte”. — a voz falava com uma calma enquanto mexia em algumas coisas, aparentemente em uma casa.
— Quem é? — ele mudou sua expressão para uma mais séria.
“Você é o detetive… deveria saber”. — o dono da voz riu.
“Talvez a gente devesse fazer uma visita para outra pessoa? A pequena Yuri está em casa, capitão?” — antes que Daehwi pudesse demonstrar sua fúria e indignação, a ligação foi desligada e ele apenas pôde sentir um aperto em seu peito.
Checou em seu celular e a ligação havia sido feita de dentro da casa de sua mãe do telefone fixo dali e logo ele sentiu seu estômago embrulhar, quase como se ele fosse vomitar. O loiro virou um forte golpe contra o quadro em sua frente irritado e se sentou sobre sua mesa com ambas as mãos em sua cabeça, se perguntando o que ele deveria fazer. Se abandonasse o que estava investigando talvez tudo ficasse bem, mas também significaria permitir que algo tão perigoso e profundo continuasse a permear pela ilha, além disso, seu pai? Seu pai havia morrido há quase 15 anos em um latrocínio, não? Poderia ser que todo esse tempo ele esteve envolvido em algo a mais? Perdido em seus pensamentos e em qual era a abordagem correta, ele logo saiu dali às pressas, ele tinha uma prioridade clara, o resto poderia vir depois.