October 10

#4: "bad alleyways" report

aqui foi onde eu comecei a vislumbrar a ideia de criar um volume.

"Lobo solitário" foi uma grande influência nesse sentido, a ideia de volumes com uma história maior fechada mas dividido em capítulos me parece tão mais intuitiva...parece muito mais fácil organizar começo meio e fim dessa forma, eu não sei se explico quando digo isso, mas é o que eu sinto.

originalmente, quando o nome da história ainda era "white earth" o Návio que na época se chamava "Haruio" (alias o nome Návio surgiu justamente da minha esposa, a Thalita, lendo um capitulo antigo de "white earth" e não conseguindo decifrar meus hieróglifos, terminar lendo errado o nome Haruio como "Návio") teria um par romântico uma moça chamada "Cindy"

vocês realmente não estão perdendo nada por não ler essa bizarrice

Acontece que quando eu peguei pra refazer essa história eu já tinha perdido totalmente o interesse em escrever romances industriais pré-fabricados e de fato muito me incomoda hoje em dia que protagonistas de sexo oposto pareçam estar amaldiçoados a se tornarem um casal.

Eu decidi que não participaria disso, e que a co-protagonista do Návio seria não só uma garota mas também uma criança, para que fosse impossível que alguém em sã consciência shipasse os dois.

tudo isso aconteceu concomitantemente com a primeira gravidez da minha esposa, acho que a paternidade me acertou como um caminhão e me fez tomar essas decisões inconscientemente, no fim eu quis dar ao Návio uma filha também e de certa forma projetar na Shanti a que eu esperava, é bobo dizer isso assim abertamente, nada disso foi pensado, são só coisas que agora depois que aconteceram consigo inferir.

sim, a shanti é tecnicamente falando 'indiana'

eu não necessariamente pretendo deixar a história sem relacionamentos amorosos, é só que eu quero fazer florir relações de amizade verdadeiras entre personagens de sexo oposto também, afinal como eu sempre digo a história se resume nisso, seres humanos cooperando para um bem maior em conjunto e descobrindo o coração da humanidade.