Filosofia
April 23, 2023

REALIDADE, ALTERIDADE & IDENTIDADE

Fundamentos da Experiência do Real & Busca de Sentido Existencial como Composição do Roteiro da Realidade - Um Paralelo entre Filosofia, Literatura e Cultura Pop 🤔💭

Escrever uma história é algo que todo mundo devia tentar fazer à sério, ao menos uma vez na vida. Parafraseando o cantor Vinny na canção entitulada apenas como "Luca": "Seja deus ao menos uma vez".

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Entre subcriações e ideias literárias, a criação de uma história realmente boa envolve uma série de desafios que nos levam a buscar, de certo modo, uma ontologia: uma base sobre a qual firmar a realidade do universo ficcional criado. Assim como o universo real tem fundamentos próprios para existir, uma subcriação ficcional também precisa ter suas próprias regras de coesão e coerência internas.

Pare esse texto por 30 minutos e escreva um conto breve com a primeira ideia que tiver e independentemente de gostar ou não do resultado final! Quando terminar, volte a este texto...

✍Escreva...

...Já voltou? Ótimo! Agora reescreva a mesma história sem definir as características que separam cada personagem do outro, sem um eixo que guie os acontecimentos a um dado destino, sem que a história ocorra em um lugar, e sem passagem de tempo... Parece impossível! Uma exigência absurda, certo?

Alguns de vocês talvez não saibam, mas é possível pensar filosoficamente a realidade a partir da ficção, da arte, da cultura pop, das propriedades físicas da matéria, do design de um produto e por aí vai... A primeira vez que passei a me atentar para o contexto das nuances sem as quais não existe o SER foi ao ler a obra do (e sem a qual não existiria o...) escritor Neil Gaiman, roteirista do aclamado quadrinho "Sandman": nele, aspectos da realidade como fenômenos e até lugares são propositalmente personificados!

THE IMAGINARY AXIS. The Seven Dark Gods of DC Universe

A história principal gira em torno de Morpheus ou "Sonho, dos Perpétuos" em alusão ao fato que seus coadjuvantes não-humanos principais são seus 6 irmãos: Destino, Morte, Desejo, Destruição, Desespero e Delírio, aspectos da realidade que movem as histórias das pessoas e as unem à do próprio Sandman (curiosidade: todos os "Perpétuos" tem suas alcunhas iniciando com a letra "d" no original em inglês). A parte curiosa da história é justamente que, em maior ou menor medida, as histórias que vivemos e consumimos são mesmo recheadas desses elementos.

Os 7 Perpétuos em sentido horário a partir da moça de preto: Death, Destiny, Dream, Destruction, Desire, Delirium & Despair.

Outros elementos comuns a toda boa história são PECADOS: tanto os da novela das 8h (que começa entre 21h e 22h, logo após o jornal, para te doutrinar melhor assim que você chega cansado da igreja, do trabalho ou da faculdade), quanto os 7 Pecados Capitais de Full Metal Alchemist, da Turma da Mônica ou do Chaves. Na verdade, nem o Bob Esponja escapa!

Turma do Chaves, Turma da Mônica e os Homúnculos de Full Metal Alchemist

...Ou você não percebeu que cada homúnculo em Full Metal nasceu como resultado da tentativa de um homem de se livrar de seus pecados sem ajuda de Deus tornando-se algo menos que humano; que Magali e Chaves são representações da Gula, Mônica e Dona Florinda da Ira, Cebolinha, Seu Madruga e Patrick da Preguiça, Chiquinha da Mentira e Professor Girafales da Luxúria, Kiko e Lula Molusco da Inveja, seu Sirigueijo e Senhor Barriga da Avareza e etc. (?).

Turma do Bob Esponja

...Obviamente, não estou falando (muito) sério. Mas é interessante observar que as personalidades, quando criadas dentro de uma construção de roteiro (o que é inclusive, uma tendência na criação de roteiros quando se trata de construir personagens) ou mesmo as pessoas que conhecemos possuem "sabores" e que essas características, que também podem ser vistas como lapsos ou idiossincrasias, quando exacerbadas se tornam os sete pecados capitais.

Direta ou indiretamente, conscientemente ou não, estes padrões se repetem e você mesmo pode procurá-los nas histórias de sua preferência.

Outra constante presente tanto nas histórias fictícias quanto na realidade é a relação de figura-fundo, tão estudada pela Psicologia da Gestalt, que aqui reduziremos por questão de tempo ao axioma "diferente daquilo que simplesmente é, tudo aquilo que existe e acontece, acontece em algum LUGAR". Histórias sem lugar (ou seriam estórias?) tendem a ser descrições vagas de estados étereos internos, ideias ou sentimentos que mesmo psicólogos só conseguem pesar a importância quando o paciente passa a descrever o contexto com instante de tempo e posicionando essas ideias e/ou sentimentos num lugar ("cheio de pessoas", "vazio" destas ou ainda "cheio de pessoas vazias") com as quais o paciente se relaciona.

Princípios da Gestalt

O interessante e paradoxal é que, ao passo que "lugar" tem extensão, "espaço" é uma descrição de um "vazio" com uma "forma" própria ou que dá forma ao lugar que contém ao mesmo tempo que é contido pelo mesmo na forma de "vazios menores".

A ideia do vazio que permite o movimento está presente desde Demócrito e, com a refutação (ou seria "não-descoberta"?) do éter a mística interpretação dos modelos matemáticos que hoje conhecemos como "Física Quântica" acabou por incorporar a ideia de "vazio" infinitesimal entre partículas (que Richard Dawkins confundiu com o conceito de "nada") para não dar concessões monistas de que "tudo é um", pois não existindo vazio "se algo se move, tudo se move" deixando o movimento sem princípio nem causa a menos que sejamos pensamentos na mente de Deus (ou uma simulação de computador como prefere Elon Musk em que Deus, enquanto totalidade da realidade, seria o computador).

Richard Dawkins Sabe Nada Sobre O Nada?

Quando se trata da natureza do movimento, de certa forma, a Física Moderna baseada em Einstein entende que a percepção está sujeita a uma relação que intermedia o lugar através do "tempo" x velocidade pela qual você viaja" distorcendo tanto a percepção quanto o próprio "espaço" (a passagem de tempo ao seu redor diminui / distorce com a velocidade / movimento levando à conclusão de que tempo e espaço são tão intercambiáveis quanto matéria e energia). O problema é que tempo-espaço e, consequentemente, a extensão dos corpos, todos variáveis, só variam por conta do "movimento" num "vir-a-ser" que é cantado pelos Engenheiros do Hawaii, creio eu que em homenagem a Heráclito (o "obscuro"), na canção "Duas Noites no Deserto": "Hoje eu sei, só a mudança é permanente".

O Paradoxo dos Gêmeos

O problema envolvendo o movimento e a noção de lugar é que o movimento precisa de um "vazio" para existir: não é possível se mover ou mudar se não houver espaço vazio para envolver e dar espaço ao movimento, remontando a criação a um SER de substância simples e de PURO ATO e que não muda por ser o motor imóvel / chão da realidade, conforme Aristóteles e São Tomás de Aquino mostraram.

À esquerda, São Tomás de Aquino; À direita, Aristóteles.

Entre os filósofos pré-socráticos que Aristóteles sintetiza e concilia logo na abertura de sua obra "A Metafísica" (ou "Filosofia Primeira") havia uma constante chamada "devir", A ÚNICA que, por estar sempre em mudança, era justamente CONSTANTE e não variável como os demais fenômenos expostos até aqui. Entretanto, Zenão de Eléia nos mostrou paradoxos nos quais a ideia de movimento parecia algo impossível, ao menos nos termos dos exemplos que usava: Na corrida entre Aquiles e a Tartaruga, a Tartaruga largando em vantagem, por exemplo, a julgar que uma reta seja um conjunto de pontos e Aquiles e a Tartaruga tenham de percorrer uma linha reta entre os pontos A e B, se entre um ponto e outro ponto existir o vazio, o movimento não existe; e se entre um ponto e outro há outros infinitos pontos tantos quanto se queiram (já que o abismo se mede em metros e metros são só uma convenção social... devemos pular?), novamente temos uma impossibilidade conceitual para o movimento - embora nossa intuição diga que tudo isso é LOUCURA e que a Tartaruga NUNCA poderia vencer Aquiles.

Aquiles x Tartaruga

Sim, a Lógica e a Matemática são perfeitas, mas Zenão nos sugere que Parmênides errou ao dizer que "Um só é o SER e o PENSAR". Ou apelamos a um mundo de formas perfeitas como Platão, cristão antes de Cristo, ou devemos admitir que Parmênides tem proximidade ao pensamento Oriental e, portanto, a "existência" (leia-se "a matéria") depende e deriva do vazio (a realidade seria "oca" mesmo) e que a preenchemos (desnecessariamente, segundo os zen-budistas) de conceitos à moda dos Existencialistas. Não SOMOS sem consciência, mas podemos existir sem SER já que o SER é o que nos liga ao DIVINO (se assim crermos, embora possamos também não crer e viver tal qual os animais ou plantas que não pensam na vida em termos de sentido, muito embora AJAM e existam pelo sentido de existir pelo corpo e perpetuar a espécie). O elo da causalidade do movimento enquanto "devir" termina por implicar que temos propósito já que o propósito do devir é o próprio Deus, em maior escala enquanto causa final e/ou, na versão Existencialista, a própria vida, em menor escala).

Mind-Blowing

O homem não é Deus e "o homem muda porque morre"... mas que é o homem? Entre os filósofos que procuravam um "arché" para a realidade não havia consenso, mas Aristóteles nos mostrou que matéria e forma não se dissociam (ao menos não de modo que seja possível provar sem entrar no dilema cartesiano se pode haver "mente" sem corpo). A mudança não pode ser negada pela experiência do real e toda mudança é causada por algo externo atuando sobre uma potência(s) interna(s) (leia-se "determinação"): o fenômeno exige contexto tanto quanto o significado de uma palavra exige referente. Toda matéria possui forma e a forma muda conforme uma ação eficiente sobre a mesma, mas o motivo da causa eficiente mudar uma forma é a mente vislumbrar conscientemente uma forma final. Voltemos para a analogia da criação de um conto com um universo com regras próprias enquanto subcriação: em que diabos de história não haveria mudanças, em que tipo de história não haveria sentido nem nada aconteceria? Uma história não está plena apenas com extensão, ela precisa de enredo, de devir, de sentido! E pra ter sentido precisa de personagens, tenham eles a extensão que tiverem...

O que nos leva à questão: como nossa mente experimenta a realidade?

Microchip e Cérebro

Minha resposta para esta questão passa por 3 conceitos essenciais da experiência da mente que EXISTE e se relaciona de forma fenomenológica com uma exterioridade, a saber: Realidade, Alteridade & Identidade.

Exterioridade = "Algo" existe (além de mim).

Realidade e Exterioridade é tudo que cada indivíduo singular e contingente não pode chamar de "eu", mas aqui pretendo destacar "realidade" como "a forma geral da soma das exterioridades com que um ser se relaciona": dela implica que algo existe fora de nós (já que existem exterioridades) também é de fato mais uma abstração que um ser-em-si no mesmo sentido que o poema de Arnaldo Antunes: "Todas as coisas do mundo não cabem numa idéia. Mas tudo cabe numa palavra, nesta palavra tudo." A realidade de conceitos universais em paralelo com o que chamamos de "realidade" até pode ser posta em termos teológicos como nos dizeres bíblicos de que "O Verbo era Deus e o Verbo Estava com Deus" (Evangelho de João 1:1) ou, na formulação escolhida por Jordan Peterson: "O discurso verdadeiro cria a realidade", mas daí decorre que não somos Deus porque não somos o Verbo, não somos tudo nem o Uno (mil perdões aos orientalistas!) e não estamos falando do nosso discurso mas do Logos: a PALAVRA que CRIA e É isenta de erros, que descreve e define a Realidade de cada Exterioridade ao dar a real ontologia de cada coisa como linhas de programação eternas, o código-fonte da realidade "no qual vivemos, nos movemos e existimos". A "exterioridade" dá substância ao que chamamos de "realidade". As diferenças de visão sobre a realidade são, de fato, divergências de cosmovisão; mas as divergências de cosmovisão são divergências de definições cujas premissas sobrevivem mais pela forma de ver as exterioridades (baseada em definições basais e descrições aprendidas) do que pela experiência do real, que é comum (universal?) e envolve a combinação funcional entre realidade, alteridade e identidade que cada ser organiza partindo daquilo que (lhe) é comum (em "tudo") segundo sua própria experiência, mesmo porque não cabe a nenhuma mente (quer seja animal, humana, artificial ou de qualquer outra categoria desconhecida possível) "engolir a Deus" (tal qual tentou o homúnculo principal no final de Full Metal Alchemist Brotherhood). Não é possível "engolir a Deus" porque Ele é o "motor imóvel" que formou e sustenta toda e cada exterioridade.

Identidade = "Eu" existo.

Da exterioridade, que nunca pode ser chamada de "eu", surgem alteridade e identidade: unidos e opostos como masculino e feminino, trevas e luz, vida e morte, tal qual um yin-yang que forma nossa identidade de que existimos a partir do contraste entre o "eu" e a "exterioridade".

Alteridade = Existe(m) "Outro(s) além de mim. Obs.: Na imagem vemos dois rostos mirando um ao outro... ou um cálice! 😅💁)

Já a alteridade é a visão de um "eu" ante outro "eu": é a fonte dos relacionamentos. Quando os recursos da exterioridade nos levam a disputas e conflitos, age como a força que repele tanto seres senscientes quanto conscientes uns dos outros. Na ausência de disputa também a alteridade age como fator de desequilíbrio ao reforçar as diferenças de proporção entre os seres por intermédio da matéria, mas também da diferença de sua índole interna (leia-se "potência"); daí se segue que a alteridade perpassa a matéria mas não é puramente material. A mesma conclusão pode ser tirada da identidade. Em que tipo de história não temos distinção entre personagens nem conflitos de interesses, afinal? Sejamos justos, uma história sem conflitos pode até ser possível, mas nunca sem distinção: ou a distinção é eterna e a priori ou é design (voltamos ao problema da causalidade, do sentido e de Deus!).

O que existe, incluso o "eu", interage com algo que não é totalmente conhecido, mas ao qual é possível saber o suficiente (as exterioridades). "Porque agora vemos como um espelho, mas um dia veremos face-a-face" (1 Coríntios 13:12-13).

Legião Urbana - Monte Castelo (lyric video)

Como foi possível demonstrar (ou, pelo menos, ilustrar) mesmo a partir de fontes não necessariamente acadêmicas, sejam da cultura pop ou da literatura, é possível concluir que, segundo a lógica, tanto de Aristóteles quanto da criação de roteiros, tal qual Anselmo da Cantuária, que em toda subcriação narrativa (seja fictícia ou a que nós compomos a partir de nossas vidas em nossa história pessoal), em QUALQUER HISTÓRIA que se escreva, um Deus (oculto no vazio antes da criação) é possível, e por ser possível terminará por ser necessário (ou não haveria História).

Quem quiser se arriscar a discordar, fique à vontade: "Build God, Than We'll Talk".

Referências:

ARISTÓTELES. A Metafísica. Tradução de Edson Bini. São Paulo: Edipro, 2013.

BÍBLIA SAGRADA. Tradução Nova Versão Internacional. São Paulo: Editora Vida, 2000.

CAROLINA, Ana (ospaparazzi.com). Entenda os 7 de Chaves, Bob Esponja e Turma da Mônica: Psicologia, religião e análise. Explicamos os Sete Pecados Capitais com atrações como Turma da Mônica, Bob Esponja e Chaves. Quem é quem entre os personagens? Publicado em 26 fev. 2021. Disponível em: <https://www.ospaparazzi.com/entretenimento/desenhos/sete-pecados-capitais>. Acesso em: 23 abr. 2023.

DAWKINS, Richard. Richard Dawkins Sabe Nada Sobre Nada? Canal: Vai Na Fonte! YouTube, 09 fev. 2014. Disponível em: <https://youtu.be/FL_j32X0c0g>. Acesso em: 23 abr. 2023.

ENGENHEIROS DO HAWAII. Duas Noites No Deserto. Letras.mus.br. Disponível em: <https://letras.mus.br/engenheiros-do-hawaii/45707>. Acesso em: 23 abr. 2023.

GAIMAN, Neil. Sandman: edição definitiva. Tradução de Jotapê Martins e Paulo Cecconi. São Paulo: Panini Comics, 2012-2015. 5 v.

GLEISLER, Marcelo. O NADA EXISTE? Uma Breve História do Vazio. YouTube, 22 de junho de 2018. Disponível em: <https://youtu.be/CCGT4NzClWo>. Acesso em: 23 abr. 2023.

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MUSK, Elon. ELON MUSK NÃO DESCARTA A POSSIBILIDADE DE ESTARMOS VIVENDO EM UMA SIMULAÇÃO | LEGENDADO. Canal: Podcast Legendados. YouTube, 24 mar. 2022. Disponível em: <https://youtu.be/epC9RzOJJP8>. Acesso em: 23 abr. 2023.

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