Hipnoterapia
November 11, 2020

Imagens Que Curam: Esclerose Múltipla


ESCLEROSE MÚLTIPLA

USANDO AS IMAGENS COM SUCESSO
Prática de Visualização para a Saúde Física e Mental

Gerald Epstein, M.D.

Organização de trechos por Samej Spenser


ÍNDICE

  • INTRODUÇÃO
    • Preparando a Mente
      • Intenção
      • Tranquilidade
      • Limpeza
      • Mudança
  • O PROCESSO DE VISUALIZAÇÃO
    • A ligação mente-corpo
    • Emoções, sensações e imagens
  • O CORPO E O TRABALHO COM IMAGENS
    • Respiração para a Criação de Imagens
    • Se no Início Você Não Conseguir Criar Imagens
    • Obtendo Resultados
    • Duração dos Exercícios
    • A Hora dos Exercícios
    • O Caminho pela Frente
    • A Cura Egípcia
  • PLANEJANDO A CURA
    • Técnicas e Imagens Eficazes para Problemas Específicos
  • VISUALIZAÇÕES
    • Relaxamento
      • Tornando-se Luz Azul
    • Limpeza
      • O Jardim do Éden
    • Esclerose Múltipla
      • Escada de Luzes
  • CRÉDITOS
  • SOBRE O AUTOR
  • NOTAS


INTRODUÇÃO

O sucesso da visualização é diretamente proporcional à sua capacidade de se desligar do mundo exterior e voltar-se para dentro. Ao fazer isso, você consegue criar uma imagem mental que pode estimular o seu corpo físico. A imagem lhe ocorrerá espontaneamente, desde que você direcione sua vontade e atenção para dentro, longe do mundo exterior.

Neste capítulo, abordaremos como preparar a mente para praticar as visualizações e usar a realidade interior para influenciar a saúde. Não há nada de complicado nisso: utilizamos aptidões normais que todos temos.

Preparando a Mente

Há quatro aspectos a ser considerados na preparação da mente para a cura por meio de visualizações. Os dois primeiros fazem parte de todo exercício de visualização. Eu os chamo de intenção e tranquilidade. Os outros dois elementos fazem parte da experiência de visualização como um todo. Eu os chamo de limpeza e mudança.

Intenção

A visualização de imagens está direta e circunstancialmente ligada à intenção, que é a ação mental que direciona nossa atenção e rege nossas ações. Todos sabemos o que é intenção. “Pretendo tirar férias no próximo mês”, dizemos, e planejamos de modo adequado. A intenção nos guia nas grandes e pequenas questões. Se você liga a TV é porque tem a intenção de assistir. A intenção é a expressão ativa dos desejos, canalizada através do sistema psicológico. Frequentemente ela se manifesta como ação — física ou mental. Colocando de maneira simples, ela é o que desejamos conseguir.

O que isso tem que ver com visualizações e cura? Quando executamos um exercício de visualização, sempre começamos definindo e esclarecendo nossa intenção — o que desejamos conseguir com tal exercício. Por exemplo: se deseja curar um osso quebrado, você diz a si mesmo, antes de começar o exercício, que vai fazê-lo para recuperar o osso. Você dá a si próprio uma instrução interior. Experimente pensar nisso como uma espécie de programa de computação, só que para a sua mente, de modo a fazê-la concentrar-se apenas no processo em que está trabalhando. Se você diz a si mesmo, com determinação, que vai atingir uma meta específica, seu sucesso no emprego da visualização será maior.

A intenção depende da vontade, que é simplesmente o impulso da força vital que nos capacita a fazer escolhas. Todos têm essa capacidade, e isso se reflete nas escolhas que fazemos diariamente quando acordamos, nos vestimos, vamos para o trabalho, desempenhamos nossas tarefas — ou lemos este livro. Todas essas ações são atos da vontade.

Quando direcionamos nossa vontade temos uma intenção. A intenção é a vontade dirigida, e é essencial para todo o trabalho de autocura gerado por meio da visualização. Usando a visualização, direcionamos a vontade para dentro de nós, a fim de encontrarmos novos caminhos, que nos levem a uma saúde melhor e a uma vida mais rica. Tornamo-nos os mestres conscientes da vida.

Na rotina diária, usamos a vontade principalmente para nos concentrar em eventos externos: pelejamos para conseguir alguma coisa do mundo ou para moldar o mundo exterior às nossas necessidades (ou ao que pensamos ser nossas necessidades). Esquecemos que podemos direcionar essa mesma vontade, essa mesma força, para nós mesmos a fim de mudarmos e tomarmos as rédeas da vida. A vontade alerta, a intenção consciente, é o cerne da cura pela visualização. Muitas vezes, direcionamos o esforço que deveria nos ajudar para os outros, para autoridades de todo tipo, porque fomos condicionados a não usar nossa vontade em proveito próprio. A cura pela visualização nos dá a oportunidade de conquistar mais independência e liberdade. Algumas pessoas podem hesitar em aproveitar essa oportunidade, mas uma vez que tenham experimentado os benefícios sentem-se muito mais entusiasmadas do que temerosas. O que tais pessoas precisam ter em mente é que elas não fazem mal algum a ninguém, nem a si mesmas, ao se permitir a liberdade — a autoridade — de usar a visualização para contribuir para a autocura.

Tranquilidade

A segunda exigência na preparação da mente para a cura pela visualização é o que chamo tranquilidade.

O ambiente de cura requer dois tipos de tranquilidade: exterior e interior. A tranquilidade exterior nos ajuda a fixar a atenção na tarefa de voltarmo-nos para dentro. Distrações e aborrecimentos do dia a dia nos privam desse tipo de atenção. Não precisamos de um monastério ou de uma caverna para usar as imagens mentais, mas é necessário evitar os efeitos perturbadores do barulho excessivo.

Por outro lado, certos tipos de barulho podem ajudar a promover a tranquilidade interior: pássaros, sons da natureza, como chuva e o vento, e até o distante zumbido do tráfego (inclusive as buzinas!). Se não nos irritarmos com o barulho nem nos esforçarmos para ignorá-lo, ele logo se tornará parte do exercício. Se você fizer um esforço concentrado para neutralizar o barulho, estará tão ocupado prestando atenção nisso que “bloqueará” o processo de visualização.

Algumas pessoas me contaram que fazem seus exercícios no metrô ou no ônibus, o que demonstra como o ambiente pode ser produtivo. Entretanto, não recomendo esta prática, (a menos que você esteja fazendo um exercício específico que requeira a visualização muitas vezes ao dia, inclusive no trabalho), pois ela leva à incorporação da prática de visualização nas atividades comuns do dia. A visualização, ainda que não exija esforço, é uma função especial, não outro hábito a ser incluído em seu cotidiano. Não use os exercícios de visualização para abstrair-se das longas viagens casa-trabalho. A cura pela visualização tem características próprias e funciona melhor em ambientes — e horários — reservados para esse fim. Em geral recomendo que os exercícios sejam feitos três vezes ao dia — antes do café da manhã, ao entardecer e antes de dormir.

O aspecto interior da tranquilidade é o relaxamento. Você deve ter notado que os dois exercícios de visualização que descrevi anteriormente começam com a instrução de respirar fundo. Em breve falaremos sobre a maneira mais eficiente de respirar antes de começar um exercício, mas quero frisar que, para o trabalho de visualização que prescrevo, respirar fundo uma ou mais vezes — conforme as circunstâncias — é suficiente para criar o nível certo de relaxamento.

O estado de meditação ou, como é chamado, de relaxamento profundo não é recomendável, pois pode deixá-lo menos alerta ou até sonolento e, assim, menos sensível à experiência de visualização. O objetivo não é relaxar, mas sim visualizar e lembrar. A atenção, ou a extrema vigilância, é o estado de espírito exigido, e a própria atividade de visualização gera mais concentração.

No entanto, se você costuma ser bastante tenso e o exercício respiratório não é suficiente para produzir um relaxamento interno, há um exercício extra no capítulo 5 logo abaixo (“Tornando-se Luz Azul”).[1] Mas, lembre-se: o relaxamento “profundo” não é desejado.

Limpeza

Um terceiro aspecto do trabalho de visualização é o que chamo limpeza. Nem todo exercício de visualização requer limpeza, mas ela é um dos passos iniciais mais importantes para que você se abra para a cura.

A maioria dos sistemas medicinais da Antiguidade empregava procedimentos de limpeza. Os médicos egípcios, por exemplo, fizeram do banho uma condição para a cura, assim como todas as culturas conhecidas do mundo antigo, do Ocidente e do Oriente. Os romanos eram famosos por suas técnicas avançadas de banho e de purificação em termas medicinais. Os spas modernos e a hidroterapia europeia são frutos populares desse antigo processo de limpeza para promover a saúde. Os judeus antigos instituíram um ritual de purificação chamado mikvah, que era tanto um lembrete da necessidade de manter a saúde pessoal quanto uma celebração do Shabat (considerado um dia de purificação).

A reação à limpeza geralmente é de alívio, que a maioria de nós sente na banheira ou no chuveiro. A experiência clínica confirma o significado interior da limpeza. Basta considerar os numerosos estados de espírito e enfermidades associados à “escuridão” e à “sujeira”. Muitas epidemias de infecções bacterianas que dizimaram populações ao redor do mundo se originaram em ambientes de saúde pública deteriorada e de condições anti-higiênicas. Hoje, as doenças crônicas surgem em áreas poluídas.

A doença mental — inclusive os estados psicóticos — é caracterizada por pensamentos “sujos”, como fantasias sexuais violentas, e culpa advinda de atos como a masturbação. Pessoas muito deprimidas geralmente são desleixadas com a aparência e, como os psicóticos, tornam-se cada vez menos asseados porque perdem o interesse nas relações sociais e carecem da energia física necessária para limpar o corpo. Um exemplo extremo, embora cada vez mais comum, são os sem-teto, com seus sacos de lixo, irreconhecíveis como homem ou mulher sob sua capa de sujeira. Vale lembrar que o significado original de insano era “sujo”.

Ao afirmar que a limpeza é necessária para o trabalho de visualização, naturalmente estou falando sobre algo além da limpeza física. Sem querer ser moralista, eu diria que ser saudável é ser “limpo”, em todas as acepções da palavra. Eticamente falando, devemos nos perguntar até que ponto somos “limpos” nas relações com os outros. Muitas pessoas esperam nunca ficar doentes, como se isso fosse um direito nato. Contudo, iludem a si mesmas se não veem nenhuma conexão entre a doença e um comportamento inescrupuloso, e as consequentes experiências de culpa e autopunição — mesmo que exteriormente saiam impunes de seus “atos sujos”.

Quantas vezes já ouvimos a expressão: “o corpo não mente”? Pela minha experiência, isso se aplica tanto à saúde moral e ética quanto aos hábitos alimentares, aos exercícios físicos e às atitudes em relação ao trabalho. Isso vale para todos: cada imprudência moral ou ética é registrada no corpo e pode influenciar adversamente a vida física e mental.

Um deslize ético não significa apenas que você está enganando ou prejudicando alguém intencionalmente. A questão é mais complexa: você pode enganar também a si próprio.

Um paciente me procurou sofrendo de câncer. A doença estava em sua família materna havia quatro gerações. Além disso, a cada geração um irmão da vítima de câncer comportava-se de modo a trazer vergonha, desonra e desarmonia à família. Todas as vítimas de câncer eram os cabeças da família e sabiam das atividades dos irmãos. E igualmente escolheram guardar os fatos para si, carregando seu pesar e preocupação em segredo.

No caso de meu paciente, o irmão ovelha negra era um jogador compulsivo que estava arruinando a família dele. Meu paciente estava tirando dinheiro da própria família para tentar pagar as dívidas do irmão. Seus familiares sofriam e não sabiam por quê. Meu paciente, na realidade, estava sem querer roubando deles. Além disso, estava mentindo por não contar a todos o que estava acontecendo. Sua vida moral estava comprometida (era um homem decente, íntegro) por causa de seu “apoio” ao comportamento negativo do irmão.

Em nosso trabalho terapêutico, o paciente acabou tomando consciência de que devia informar a família inteira da situação do irmão. Quando isso foi feito, o ar clareou e todos os outros familiares acudiram o irmão, confrontando-o. Depois disso ele foi se tratar, entrando, inclusive, para os Jogadores Anônimos.

Quanto ao meu paciente, foi como se lhe tivessem tirado um peso dos ombros, e ele entrou em fase de remissão.

Para chegar à sua cura devemos começar fazendo uma “faxina interior”. Essa é a parte do ato consciente da vontade que precede a abertura para as imagens mentais, parte da decisão de nos autoanalisarmos lucidamente e de estarmos abertos a compreender o que nosso corpo e nossos sentimentos estão nos dizendo. Por meio de imagens, podemos nos livrar da sensação de que algo vai mal, combater a ilusão e esclarecer os padrões destrutivos a que sempre recorremos. Só então poderemos confrontar nossos males e chegar à autocura. A limpeza é parte da cura, e juntas elas abrem espaço para o surgimento de padrões novos e possibilitam um crescimento e uma completude inéditos e positivos.

Um exercício de limpeza com imagens também é uma ótima maneira de se preparar para o dia (para conhecer um desses exercícios, consulte o capítulo 5 abaixo).[2]

Mudança

O que quero dizer quando afirmo que a transformação é um elemento da cura pela visualização?

Tanto os físicos quânticos modernos quanto os místicos chineses já disseram que o que experimentamos subjetivamente como tempo, nosso retrato limitado da realidade, é, na verdade, o fluxo contínuo da mudança. A medicina tradicional chinesa baseia-se inteiramente na premissa de que as doenças nada mais são do que bloqueios do fluxo — ou seja, a resistência à natureza mutável das coisas.

Tentamos nos agarrar ao que julgamos ser “bons momentos” e, nessa ânsia, seguramos firme, resistimos à possibilidade de dor ou de desprazer, e acabamos indo de encontro à dor que tentamos evitar. Claro que o ato de se aferrar a algo fugaz, fazendo de conta que é permanente, só pode acabar mal. Nesse caso, geralmente os problemas se transformam em doenças físicas.

As pessoas que trabalham com visualizações dizem que “sentir-se bem” está associado a “liberar” — coisas, ideias, preconceitos sobre si mesmo e sobre os outros — e a parar de tentar deter o fluxo dos acontecimentos. Elas não se tornaram fatalistas, daquelas que se sentam passivamente à beira do rio dizendo: “o que será, será”. Em vez disso, tomaram a atitude de abandonar o desespero decorrente de tentar se identificar com experiências, coisas e situações fixas, limitadas. Quanto mais o processo de liberação se intensifica, mais aumenta a sensação de bem-estar. Visualizar e deixar-se levar com o processo de mudança são atos inextrincavelmente ligados.

Isso pode acontecer devido ao funcionamento distinto dos hemisférios esquerdo e direito do cérebro: o lado direito parece conectado com a intuição e a imaginação, enquanto que o esquerdo aparenta estar relacionado com as funções lógicas, das palavras e do pensamento racional. Dar rédeas à imaginação, a imagens não causais, em lugar da organização das palavras no pensamento sequencial, permite nos rendermos ao fluxo das coisas. Quando colocamos a imaginação em pé de igualdade com o pensamento lógico, abrimo-nos à mudança e à renovação, dando-nos uma chance de aproveitar a constante sucessão dos momentos presentes enquanto vão acontecendo.

Na verdade, isso é o oposto da nossa experiência comum de nos concentrarmos geralmente no passado ou no futuro. Fazendo isso, aplicamos a atenção na descontinuidade, não no fluxo. Ligamo-nos a pontos fixos aos quais vinculamos um tipo prejudicial de julgamento e de significado.

Por exemplo, pensamos em nós como “formado no ensino médio em 7 de setembro de 1953”, ou dizemos que “o ataque a Pearl Harbor ocorreu em 7 de dezembro de 1941”, e então ligamos a esses acontecimentos diversos pensamentos, lembranças, sentimentos, projeções e atitudes. Os acontecimentos se transformam em pequenas lembranças cristalizadas, que nos envolvem como se fossem uma casa — que, com o passar do tempo vai-se tornando cada vez mais difícil de romper. Se pudéssemos apenas registrar o acontecimento sem si, sem comentário algum, sem categorização, julgamento ou rejeição, não ficaríamos bloqueados por “identificações de sentimento” que podem trazer doenças e tristeza. Não que seja possível permanecermos jovens e sadios para sempre, mas podemos envelhecer com a mesma graça que tanto admiramos nos santos e nos heróis. Ambos, aliás, não são nem um pouco diferentes de nós — exceto por sua capacidade sublime de acompanhar o fluxo da vida.

Quando entramos em sintonia com a mudança conseguimos perceber o paradoxo que a maioria de nós vive. Costumamos ter atitudes individualistas, independentes e talentosas, tentando mudar o destino. Entretanto, ao mesmo tempo tememos parecer diferentes dos outros. Embora seja muito bom nos encararmos como indivíduos independentes, na verdade resistimos a novas maneiras de enxergar as coisas, o que é o verdadeiro sinal de individualidade e de independência. Gostamos de pensar que somos diferentes dos outros e mais autodeterminados que eles — e até podemos sê-lo. Mas, para algumas pessoas, esse sentimento pode mascarar uma necessidade de aprovação social — ou seja, de igualdade.

No mundo material, esforçamo-nos para nos destacar e ficar mais ricos, mais “autorrealizados” do que os outros; mas, à medida que subimos na vida, lá estamos nós procurando nos ajustar às normas de outros ricos. Claro que quem tem dinheiro tem mais liberdade para satisfazer suas vontades, mas os ricos podem ficar tão entediados com sua vida de luxo quanto nós podemos nos cansar de tentar ganhar dinheiro. A mudança não ocorre em pessoas que alteram apenas suas características exteriores.

O trabalho de visualização com o corpo e a mente é a guinada para o processo de autolibertação; com ele nos transformamos em indivíduos plenos e passamos a conviver facilmente com a mudança. Permitindo-nos nos afastar da rigidez do mundo dos bens e das aparências, o trabalho de visualização nos ajuda a rejeitar o comportamento e as atitudes que prejudicam nossa saúde.

Intenção, tranquilidade, limpeza, mudança — esses são os componentes de um estado de ânimo que cura. Você achará essas atividades recompensadoras por si sós. À medida que avançar nesta leitura e aprender a usar esses elementos para ajudar a curar suas doenças e seus problemas, você não apenas se tornará uma pessoa mais saudável como também mais livre, pronta para experimentar algumas das infinitas possibilidades que a vida nos oferece.


O PROCESSO DE VISUALIZAÇÃO

A ligação mente-corpo

O que ocorre na mente e no corpo quando trabalhamos com imagens mentais? De que forma um fenômeno “insubstancial” como a visualização pode alterar a substância do corpo? Como já observei, a pesquisa científica não estudou a fundo o fenômeno da cura pela visualização, embora certas pesquisas tenham demonstrado um vínculo incontestável entre a mente e o corpo. Mas podemos lançar mão da experiência clínica, dos processos vitais e da observação de outras culturas para compreendermos o processo de visualização.

Emoções, sensações e imagens

A chave para o processo do trabalho de visualização reside na conexão entre as emoções, as sensações e as imagens.

Comecemos com as emoções. As pessoas geralmente pensam que as emoções consistem apenas em sentimentos como felicidade, raiva, satisfação e tristeza. Eu vejo a emoção de forma mais abrangente: como uma reação aos estímulos. Emoção literalmente significa “por em movimento a partir de”. Assim, emoção é igual a movimento; e movimento é a essência da vida, nosso elã.[3] Às vezes, nossos movimentos assumem a forma de sentimentos, como felicidade, ódio, satisfação e tristeza, estados de espírito que perduram e reverberam dentro de nós; às vezes, eles tomam a forma de ação física ou reações extremas, como as demonstrações de raiva ou surpresa, sendo descarregados imediatamente. No meu modo de ver, não há vida sem emoção, — ou seja, sem o movimento experimentado em resposta aos estímulos. Emoção é vida e tem tanto a forma exterior da ação e reação como a forma interior do sentimento.

As emoções estão intimamente conectadas com as imagens. Cada emoção pode manifestar a si própria como uma imagem. Há uma maneira simples de constatar o que estou dizendo. Simplesmente procure “ver” algum sentimento seu no momento. Se estiver feliz, pergunte-se com o que sua felicidade se parece; se gosta de esportes, pergunte a si mesmo com o que esse gosto se aprece; se não tolera burrice, pergunte-se qual é a aparência dela. Em cada caso, asseguro-lhe, uma imagem lhe ocorrerá. Essa é a sua imagem. Ninguém mais no mundo vê exatamente a mesma imagem. Essa é a expressão visual do seu sentimento. As imagens dão forma às emoções.

Em meus quinze anos de experiência clínica trabalhando com visualizações, não encontrei ninguém que, sendo capaz de imaginar, não tivesse evocado uma imagem que traduzisse seu sentimento.

Uma imagem é a forma mental de um sentimento. Mas há também a forma física — as sensações. Cada sentimento engendra[4] certas sensações físicas. Quando se está zangado, por exemplo, é frequente que se experimente um aperto no peito. Quando se está feliz, vivencia-se normalmente uma sensação de leveza por todo o corpo. Assim como um sentimento tem sensações físicas associadas a ele, o mesmo acontece com uma imagem. Não há imagem que não seja acompanhada por sensações.

O trabalho de visualização permite usar as imagens criadas para mudar suas emoções e sensações. Basicamente, você usa imagens para criar e afetar sua experiência: à medida que trabalha suas imagens e as transforma, simultaneamente você transforma e crias as sensações e emoções que as acompanham. Quando a imagem se transforma, o mesmo acontece com a emoção e também com as sensações. Como os lados de uma equação, emoção e imagem são iguais — duas expressões de uma mesma realidade —, e a sensação está vinculada a ambas. Ao transformar a imagem você transforma a equação. Então, comprovará que as imagens são, de fato, um caminho para a boa saúde, tanto física quanto mental.


O CORPO E O TRABALHO COM IMAGENS

Apostura de corpo mais eficaz para o trabalho com imagens é a que eu chamo de Postura do Faraó: use uma cadeira com braços e de espaldar reto; sente-se com as costas retas e os braços pousados confortavelmente, as mãos abertas, com as palmas voltadas para baixo ou para cima, como você preferir. As solas dos pés devem estar plantadas no chão. Você não deve cruzar as mãos nem os pés durante o exercício, nem eles devem estar em contato com nenhuma outra parte do seu corpo. Esta disposição de pés e mãos faz parte da técnica de manter sua consciência sensorial longe dos estímulos externos.

Posição recomendada para praticar as visualizações

Através dos tempos, a postura do faraó vem sendo utilizada por monarcas que buscam orientação interna antes de tomar uma decisão. É uma postura que expressa a busca de uma orientação interna.

Uma cadeira de espaldar reto é a melhor opção porque a coluna ereta permite dar um caráter consciente à nossa atenção. Deitar, seja em posição horizontal ou reclinada, está associado a dormir e reduz o alto nível de consciência necessário à criação de imagens nítidas.

Sentar com a coluna ereta também melhora sua respiração: seus pulmões precisam dessa posição vertical para poderem se expandir completamente; e a respiração consciente, como todos os antigos médicos e curandeiros já sabiam, eleva o estado de alerta e a atenção para com os processos mentais. Nós nos tornamos mais sintonizados com nossa vida interna à medida que nos tornamos mais conscientes da nossa respiração.

Embora a postura do faraó seja a ideal para se trabalhar com imagens, há ocasiões em que as imagens têm que ser criadas instantaneamente — por exemplo, quando a pessoa está em meio a uma crise de ansiedade. Nessas situações, o trabalho pode ser feito de pé, onde quer que a pessoa esteja.

Respiração para a Criação de Imagens

A respiração tem um papel fundamental em todas as experiências voltadas para o nosso interior. As pessoas que meditam tornam-se relaxadas e sossegadas contando suas respirações. Os chineses equiparam a respiração à própria mente. Os exercícios de ioga, de parto natural, de levantamento de peso, corrida, ou qualquer outro que envolva intenção concentrada, todos dão ênfase à respiração.

A maioria de nós geralmente não presta atenção à respiração e não se sente confortável ao se voltar para a vida interna. Somos pessoas ativas, com ímpetos de conquistar o mundo exterior e dominar a natureza. Mas é na vida interna, porém, que está a cura para nossos desequilíbrios físicos e emocionais e a promessa de harmonia entre corpo, mente e espírito. A respiração é o ponto de partida para nossa interiorização, o elo que nos permite descobrir nosso imaginário pessoal.

Para realçar as imagens aquiete-se, dizendo a si mesmo para relaxar (explicite sua intenção). Respire ritmicamente, inspirando pelo nariz e expirando pela boca. As expirações pela boca devem ser mais longas e mais lentas que as inspirações, que são normais, fáceis, sem esforço — quer dizer, não são trabalhosas nem exageradas. Expirar mais tempo que inspirar estimula o vago, que é o principal nervo para a tranquilização do corpo. Este nervo começa na base do cérebro, no bulbo, estende-se pelo pescoço e envia ramificações para os pulmões, coração e trato intestinal. Na expiração intensificada, o vago atua ajudando a baixar a pressão sanguínea, a diminuir o ritmo do pulso e do coração, das contrações musculares do trato intestinal, e a cadência respiratória. Quando essas funções estão acalmadas, sua atenção fica mais disponível para o trabalho com imagens.

Eu enfatizo a expiração, e não a inspiração, porque a respiração para aquietação começa para fora e não para dentro. Nosso modo habitual de respirar (para dentro-para fora) excita nosso sistema nervoso simpático e estimula a produção de adrenalina. A respiração com ênfase para fora, em contrapartida, estimula o sistema nervoso parassimpático e o nervo vago, o que ajuda a tranquilizar e relaxar o corpo.

Quando você sentir que sua respiração está confortável e que é hora de começar o exercício, dê-se a instrução de respirar para fora três vezes (ou duas ou uma, conforme o caso). Isso pode soar estranho, mas é bem simples. Você expira e então inspira; para fora e para dentro; e depois para fora novamente, em um total de três respirações para fora e duas para dentro. Depois disso comece seu exercício com imagens, respirando normalmente.

Durante o trabalho, sua atenção estará voltada para as imagens e sua respiração tomará conta de si mesma. Quando o exercício estiver terminado, você pode respirar para fora antes de abrir os olhos.

Para estabelecer esse padrão inverso de respiração, você só necessita de alguns segundos. Expirar primeiro e inspirar depois tornar-se-á automático uma vez que você tenha aprendido a criar imagens.

Se no Início Você Não Conseguir Criar Imagens

Certamente, nem todos têm a mesma capacidade para criar imagens. Para a maioria, o processo vem facilmente, quase que de uma vez só. Outros podem precisar dedicar mais tempo ao treino antes que as imagens se tornem prontamente acessíveis.

Aqui vão algumas dicas para estimular sua capacidade de criar imagens:

Se você sentir dificuldades ao fazer os exercícios deste livro, fique olhando, durante um a três minutos, para pinturas ou fotografias de paisagens naturais. Feche os olhos e experimente ver as mesmas figuras em sua mente. Outra maneira é lembrar-se de uma cena agradável de seu passado com os olhos abertos. Então feche os olhos e tente recriar cada detalhe da cena. Você também pode usar seus sentidos não-visuais. Por exemplo, ouvir o som de peixe fritando em uma frigideira, ou o aplauso de uma plateia ou copos tilintando; tente usar perfumes ou essências de várias intensidades para evocar imagens.

Se continuar com dificuldades, talvez você não esteja usando — ou sequer notando — as imagens que já lhe surgem. Você pode estar tendo a sensação de algo audível ou somático (sensações corporais) ou cinestésico (relativo à posição do corpo), embora não esteja vendo essas imagens. Qual dos sentidos você mais usa ou a qual você responde mais facilmente? Por exemplo, se você é uma pessoa ligada à audição, ouça o som do mar e veja que imagens surgem daí. Quando você focaliza conscientemente sua atenção no que estiver sentindo, pode passar suavemente para a imagem visual que lhe é correspondente. Todos os sentidos estão ligados e tornam-se visuais quando você pede a si mesmo para descrever a experiência.

Algumas pessoas têm o hábito de verbalizar e não de visualizar, transformando as imagens rapidamente em palavras. Se isso se aplica a você, pratique olhar em volta durante alguns minutos sem dar nomes, rótulos ou categorias para o que você vê. Ou então olhe para uma imagem em um livro ou revista, cubra-a e experimente recordar-se do que você acabou de observar, descrevendo — ao invés de nomeando — o que você viu. Se você começar, por reflexo, a nomear as coisas, simplesmente volte a olhar, sem se condenar.

Em geral, quando você estiver experimentando melhorar suas imagens, faça um esforço para relaxar (respire para fora três vezes, profundamente e feche os olhos) e deixe simplesmente que as imagens venham — ou seja, espere por elas. E quando elas vierem, aceite-as. O que quer que tenha aparecido é bom e pode ser útil, mesmo que pareça tolo ou implausível.

Embora no início você possa precisar de mais tempo para ativar as imagens, com a prática precisará cada vez de menos tempo.

Obtendo Resultados

Faça um esforço no sentido de praticar seus exercícios de imagens regularmente (ou o quanto for recomendado para cada um deles), mas não dirija nenhum esforço concentrado visando obter resultados. Este enfoque “sem exigências” pode lhe parecer difícil a princípio: costumamos nos preocupar principalmente com resultados e os vemos como o aspecto mais importante da vida. Este não é o caso quando se trata do processo de cura. Mantenha sua atenção estritamente no processo de criação de imagens e na intenção de cura. Quanto mais você se preocupar em ficar bem, mais estará dificultando seu processo de cura.

A ação de se curar passa-se no momento presente. Ao dirigir sua atenção para o passado ou o futuro (resultados), você se distancia do campo de ação. Assim que começar a se ocupar dos resultados, você também vai começar a sentir ansiedade, medo ou preocupação, ou os três juntos. Pensar no passado suscita, frequentemente, sentimentos de culpa, depressão e arrependimento. Qualquer um desses sentimentos pode afastá-lo de sua tarefa, interrompendo, assim, sua concentração na cura.

Tanto na criação de imagens como em nossas vidas cotidianas, devemos nos desincumbir de nossa parte e, ao mesmo tempo, deixar que o universo faça a sua. Nós certamente controlamos nossas crenças sobre o que fazemos no e para o universo. Este é, porém, todo o controle que temos. Além disso, só podemos esperar pacientemente pela resposta.

Mesmo que esteja sofrendo e deseje desesperadamente uma resposta, evite ficar antecipando resultados. Já reparou que quanto mais você deseja resultados, maior é o seu sofrimento? Quando suas esperanças não se materializam, você se sente desapontado e até mais desamparado, e seu estado piora. Coragem: se você “entregar para Deus” os resultados, experimentará alívio, quando não a própria cura, em um tempo relativamente curto. Mas não pergunte em quanto tempo isso vai acontecer. Apenas assuma a responsabilidade por seus próprios esforços e faça a sua parte. Se você não consegue “entregar para Deus”, aqui vai um modo simples de se ajudar. Assim que começar a criar expectativas, veja-se cortando-as com uma tesoura e jogando-as por cima do ombro, no mar; ou observe-as subindo ao céu como balões.

O trabalho com imagens é um dos melhores métodos para aumentar nossa fé e confiança em nós mesmos. Considere o caso de “Jennifer”, uma jovem que me procurou com problema de infertilidade. Testes anteriores haviam mostrado que ela tinha as trompas de Falópio[5] normais. Sob minha orientação, ela fez um trabalho com imagens com a intenção de ficar grávida (há um exercício para infertilidade no capítulo quatro) e descobrir o problema físico que estava impedindo a concepção. O exercício com imagens de Jennifer revelou que a saída de uma das trompas, perto do ovário, estava obstruída por aderências e cicatrizes cuja origem ela não sabia explicar. Entretanto, se sua imaginação estava correta, ela havia descoberto uma incapacidade físico-mecânica nas suas trompas de Falópio. Ela não contou nada ao seu ginecologista, porque achou que ele não iria acreditar, e tentou desobstruir as trompas com a visualização.

Posteriormente, ela decidiu fazer uma operação na qual um óvulo é fertilizado na trompa através de uma intervenção cirúrgica. Durante a operação viu-se que a trompa de Falópio de Jennifer encontrava-se exatamente nas condições que ela havia descoberto pela visualização, embora nenhum exame complementar (inclusive uma ultrassonografia) revelasse isso.

Após a operação, Jennifer ficou surpresa e maravilhada por saber mais sobre seu corpo do que seus médicos. Ela imediatamente tornou-se mais confiante na sua intuição e na sua capacidade de julgamento.

É claro que sabemos mais sobre nós mesmos do que qualquer outra pessoa poderia conhecer! Tudo o que precisamos é de confiança para acreditar nisso. No caso de Jennifer, uma experiência bem-sucedida com visualizações foi suficiente para aumentar sua crença e confiança em si mesma.

Duração dos Exercícios

A regra de ouro da terapia com imagens é a de que menos é mais. Quanto mais curta a imagem, mais poderosa ela é.

Não demora muito até que você experimente uma sensação qualquer. Assim que tiver uma, é sinal de que a visualização já cumpriu sua tarefa. Se você não sentir nenhuma sensação ou emoção após um período relativamente curto de tempo, não fique se esforçando para trabalhar mais com aquela imagem em particular. Em vez disso, experimente outra imagem.

Quais as sensações que você pode sentir? Elas variam de pessoa para pessoa e de problema para problema. As sensações incluem contrações, pulsações, calores, coceiras, dores, formigamentos, zumbidos e assim por diante.

Muitos tendem a pensar que um esforço maior traz maiores resultados, mas o trabalho com visualizações atua no sentido oposto. Ao praticar a cura pelas visualizações estamos dando o pequeno empurrão que estimula as nossas próprias poderosas reações.

A maioria dos exercícios deste livro leva de 1 a 5 minutos. Muitas pessoas acham que isso é pouco em relação ao que elas poderiam ou deveriam estar fazendo, principalmente quando estão com doenças graves. Sua ansiedade frequentemente cria a ideia de que elas não deveriam medir esforços. Porém, a aplicação constante de um esforço simplesmente não é necessária no trabalho com visualizações. Uma vez que um exercício inicial com visualizações foi completado, precisamos somente de pequenos lembretes para estimular a memória corporal da atividade de cura. As visualizações precisam ser praticadas, mas não devem se tornar uma obsessão. Precisamos somente disparar um gatilho para colocar em andamento os mecanismos fisiológicos que auxiliam na restauração do corpo. Nós nos condicionamos, através das visualizações, a estimular os processos de cura através de uma figuração mental.

A história que se segue nos dá exemplo de um gatilho que libera um efeito fisiológico poderoso. Eu ouvi falar disso quando trabalhava em uma clínica de atendimento a alcoólatras em um hospital de Nova York.

Um grupo de ex-viciados em heroína e metadona, que não tomava drogas há dez anos, concordou em participar de um experimento no qual eles seriam levados de ônibus até a Rua 125, na cidade de Nova York, onde, dez anos antes, eles compravam drogas. No momento em que o ônibus se aproximou da esquina onde costumavam fazer a transação, os ex-viciados entraram em crise de abstinência da droga. A imagem era somente a de uma esquina de rua, mas foi suficiente para estimular uma reação física negativa desproporcionalmente violenta.

Para um exemplo de forte reação positiva a um estímulo, pense simplesmente em um avô ou avó ouvindo o nome de seu neto ou neta.

A idade pode ser um fator determinante para a dosagem da quantidade de trabalho com visualizações. A medida que ficamos mais velhos e nossos hábitos se tornam cada vez mais sedimentados, torna-se mais difícil criar novos hábitos e experimentar nossas reações a eles — que é precisamente o que está envolvido no processo de cura. Conforme mudamos nossos hábitos, a mudança em nossas sensações nos diz que algo está acontecendo. As sensações podem levar mais tempo para surgir à medida que envelhecemos, mas, com paciência e confiança, elas surgirão.

A Hora dos Exercícios

Recomendo que, em geral, os exercícios sejam feitos pela manhã, antes do café, ao entardecer e antes de dormir. Estes são três pontos de transição significativos — entre o sono e o despertar, entre o dia e a noite e entre a vigília e o sono, respectivamente. Em alguns casos, naturalmente, a hora do dia em que você faz o exercício estará a ele diretamente relacionada.

Eu gostaria de enfatizar que é melhor fazer o trabalho com visualizações antes de começar sua rotina diária — quer dizer, antes do café — e que você deve incorporar os exercícios ao seu ritual de levantar-se e lavar-se. Fazer os exercícios a esta hora é uma boa preparação para as atividades que se seguirão e determina uma atitude positiva para enfrentar o dia.

Descobri que a maneira pela qual começamos cada dia exerce uma profunda influência em como trabalhamos e nos relacionamos com as pessoas nas vinte e quatro horas seguintes. Muitos de nós já notamos que acordar de um sonho perturbador pode ter um efeito negativo no nosso humor e comportamento. Não podemos resolver as questões que o sonho trouxe à nossa consciência; algumas vezes, nem conseguimos lembrar o que foi que nos fez acordar “tortos” e ficar irritadiços, cometer erros no trabalho ou entrar em discussões. Balancear seu humor com um exercício pela manhã, principalmente derivado de um sonho noturno, ajuda a melhorar sua perspectiva e comportamento.

O Caminho pela Frente

Os exercícios com visualizações do próximo capítulo foram idealizados para ajudar a curar um grande número de males e distúrbios, tanto físicos quanto emocionais.

Estes exercícios não devem substituir a visita ao médico ou a medicação por ele prescrita. Se você acha que está doente ou que sofre de qualquer um desses distúrbios, vá ao médico imediatamente. Além disso, se os seus sintomas persistirem depois de você praticar os exercícios com visualizações, não hesite em voltar ao médico para uma avaliação da evolução de seu caso. Algumas vezes você pode sentir que seus sintomas pioraram ligeiramente depois de começado seu regime de visualizações, da mesma forma que sentimos uma piora pouco antes de ficarmos bons de um resfriado ou gripe. Se os seus sintomas se intensificar em durante vários dias e até algumas semanas, fique tranquilo(a). E aguarde que uma “virada” pode ocorrer em pouco tempo. Mas volte ao médico se você continuar a se sentir mal e não ocorrer uma “virada”.

Os problemas abrangidos pelos exercícios estão em ordem alfabética. Há também uma lista para cada tipo de problema ou aparelho do corpo afetado. Talvez você queira usar esta lista para explorar exercícios com imagens para problemas relacionados ao seu. No tópico relativo a cada exercício eu dou seu nome, sua intenção geral e o número de vezes que deve ser feito. Em relação à intenção do exercício, lembre-se de que é a sua intenção que conta!

Geralmente recomendo que o exercício seja feito em ciclos de 21 dias de trabalho com visualizações, seguidos de sete dias de descanso. Este ciclo é paralelo ao ritmo biológico que está presente em todos nós e é mais evidente nas mulheres, que estão acostumadas a um ciclo de três semanas de regulação hormonal e organização de tecidos e órgãos, seguido de uma semana de colapso que ocorre como menstruação. É interessante notar que pesquisadores nos laboratórios de psicologia da Universidade do Texas descobriram que são precisos 21 dias para desfazer um hábito. Esta descoberta confere com minha experiência clínica dos últimos quinze anos.

No entanto, não há qualquer lei que obrigue seu hábito ou distúrbio a ser desfeito após 21 dias. É por isso que às vezes eu indico a prática de ciclos adicionais de visualizações para certas doenças mais crônicas. Similarmente, se você conseguir alcançar seu objetivo antes do período de uso prescrito, pode parar com o exercício se sentir que esse é o caso.

Seus olhos devem estar fechados durante praticamente todos os exercícios. As raras exceções estão claramente identificadas. Se fechar os olhos lhe faz sentir-se desconfortável no início, mantenha-os abertos e comece de onde você se sente confortável. (Crianças e adolescentes geralmente se sentem mais confortáveis mantendo os olhos abertos.)

Em alguns exercícios eu não faço referências à respiração. Isso não é por descuido: para estes exercícios, é suficiente fechar os olhos. Depois de certo tempo, você vai saber instintivamente quando é ou não necessária uma respiração especial.

Pode ser que você se perceba modificando espontaneamente os exercícios enquanto os faz. Continue assim. Seja lá o que for, deixe chegar até você o que aparecer em sua mente. Se você encontrar suas próprias visualizações, use-as. Você está se permitindo participar de sua própria cura. O que você encontrar dentro de você será muito útil para a sua cura.

Em algum ponto do exercício é possível que você se sinta relutante, ansioso ou com medo de continuar, principalmente ao esbarrar em uma situação de escuridão no processo. Se isto acontecer, você pode facilmente se imaginar trazendo ou encontrando uma luz de algum tipo que o ajude a ver o caminho. Assim, sua relutância ou ansiedade se desvanecerão.

Não há necessidade de fazer um exercício de limpeza antes de cada exercício com visualizações. Fazer a limpeza é um exercício em si e tem um objetivo próprio.

Você pode achar que alguns dos exercícios parecem ser extremamente simples para lidar com problemas extremamente complexos. Lembre-se de que com as visualizações (assim como com a vida) pequenos gatilhos podem disparar grandes efeitos. Mesmo nós górdios podem ser desfeitos suavemente.[6] Minha experiência clínica mostra que os exercícios que descrevo, embora pareçam simples, têm o poder de penetrar nos nós górdios de nossas doenças.

Ao descrever certos problemas, geralmente eu listo os fatores psicológicos e sociais que neles podem influir. Entretanto, não pretendo listar todos e nem sugerir como você poderia determinar tais fatores em sua própria situação. Em vez disso, sugiro que você fique alerta para o que suas visualizações lhe dizem sobre sua vida e pense como você poderia modificar os aspectos associados ao seu distúrbio.

Você pode usar um gravador e ditar as instruções dos exercícios para depois ouvir sua própria voz como guia. Este método pode ser bastante poderoso. Com o tempo, você desenvolverá seus próprios exercícios e se dará instruções silenciosamente.

Você verá que uma porção de exercícios são variações ou extensões de um exercício chamado A Cura Egípcia. Eu o menciono várias vezes na listagem alfabética. Ele pode ser usado para ajudar a curar distúrbios físicos externos, como erupções cutâneas, conjuntivite e acne, e também para a superfície de membranas mucosas, além de vários problemas internos. Você vai encontrar neste exercício um poderoso ajudante na autocura.

A Cura Egípcia

Feche os olhos e expire três vezes. Imagine-se de pé no meio de um campo vasto e aberto, recoberto de grama verde. Veja a si mesmo espreguiçar-se em direção ao sol dourado e brilhante em um céu azul sem nuvens. Veja seus braços tornarem-se bem longos, estendendo-se, com as palmas voltadas para cima, para o sol. Os raios do sol penetram pelas palmas e circulam por elas e pelos dedos, e saem através das pontas dos dedos, de forma que há um raio saindo de cada dedo. Se você for destro visualize, no fim de cada raio dos dedos da sua mão direita, uma pequena mão completa e, no final de cada raio da sua mão esquerda, visualize um olho. Se você for canhoto, visualize as mãos à sua esquerda e os olhos à sua direita.

Agora volte estas mãos e olhos para o seu corpo e use os olhos para ver o caminho através de seu corpo, jogando luz na área que você estiver investigando, de modo que possa ver o que está fazendo. Nas pequenas mãos você pode usar uma escova de cerdas douradas para limpar, tubos de raios laser para curar, bisturis dourados para operar, latas de unguentos dourados e azuis para curar e também fios dourados para costurar. Quando tiver terminado o trabalho, saia do seu corpo pelo mesmo caminho por onde entrou. Todo o lixo que foi retirado pelas mãozinhas deve ser jogado para trás de suas costas. Mantenha suas mãos voltadas para o sol e deixe as mãozinhas e os olhos se recolherem para dentro de suas palmas, de modo a ficarem ali guardados para um uso posterior. Então abra os olhos.

Uma última consideração: os exercícios que se seguem são exercícios de criação de imagens. Eles se dão em sua realidade mental e não na realidade física. Se o exercício sugere que você use uma escova de cerdas douradas, você estará usando essa escova na sua imaginação. Se o exercício pedir que você lave o rosto com água pura e fresca, você o fará em sua mente e não em uma pia. Estes exercícios trabalham com a sua realidade subjetiva, interior, e, através desta realidade, eles modificam sua realidade física.


PLANEJANDO A CURA

Técnicas e Imagens Eficazes para Problemas Específicos

Você já está apto a começar e o procedimento não pode ser mais simples:

  1. Sente-se na Postura do Faraó (se a situação permitir);
  2. Diga para si qual a intenção do exercício. Qualquer intenção que você se dê está correta;
  3. Feche os olhos;
  4. Respire o número de vezes prescrito para o exercício.
    Lembre-se de que a expiração deve ser longa e lenta, enquanto que a inspiração pode ser feita normalmente. Todo o processo deve ser realizado sem esforço;
  5. Comece a fazer seus exercícios específicos com as imagens.
    Permita-se receber as imagens sem se esforçar para isso;

Trabalhe em tantos problemas ao mesmo tempo quantos você queira ou precise. Você encontrará seu próprio ritmo à medida que for progredindo, especialmente quando encontrar suas próprias visualizações. Abra e feche os olhos e faça, entre os exercícios, a respiração indicada.

Lembre-se de que todos temos a capacidade de criar visualizações, mudar os exercícios existentes ou criar outros. Somos livres para nos expressarmos através das visualizações. Não há restrições nem limites para as possibilidades.


VISUALIZAÇÕES

Relaxamento

Nome: Tornando-se Luz Azul
Intenção: Alcançar o relaxamento interno.
Frequência: Quando for preciso, de 1 a 3 minutos.

Este exercício serve para produzir relaxamento interno quando o exercício de respiração não for suficiente ou, de modo geral, para quando sentir necessidade de relaxar.

Tornando-se Luz Azul

Feche os olhos. Expire três vezes e veja o oxigênio que você está inspirando na forma de uma luz azul-dourada formada pelo céu azul sem nuvens e o sol dourado brilhante; veja o gás carbônico que você expira na forma de fumaça cinza, como fumaça de cigarro, sendo levado pelo ar e desaparecendo. Veja a luz tornar-se azul quando entra no seu corpo, passa por seu coração e viaja homogênea, leve e suavemente pelas artérias e capilares, sabendo que, enquanto isso, você está relaxando. Quando a luz tiver passado por todo o corpo, abra os olhos.

Limpeza

Nome: O jardim do Éden
Intenção: Preparar-se para o dia a dia de maneira positiva.
Frequência: Diariamente, de manhã cedo, por até 3 minutos.

Esse exercício de limpeza é um jeito excelente de começar o dia, pois melhora seu humor e fortalece o seu sistema imunológico. Sempre recomendo aos meus pacientes que se limpem também fisicamente; arrumem a bagunça da casa ou um cômodo com regularidade, para que estejam, ao mesmo tempo, limpando a si mesmos internamente.

O Jardim do Éden

Feche os olhos. Expire três vezes e imagine-se deixando sua casa e saindo à rua (se possível, desça uma escada). Deixe a rua e veja-se descendo em direção a um vale, onde há um prado ou jardim, e vá até o centro dele. Descubra que já lá um espanador de penas douradas, uma vassoura de palha ou um ancinho (dependendo de sua preferência ou do grau de limpeza de que necessita). Com a ferramenta escolhida, limpe-se completamente de alto a baixo, inclusive as extremidades. Veja como aparenta e se sente, sabendo que você se livrou de todas as células mortas do lado de fora do corpo e de toda a melancolia e confusão do lado de dentro.

Deixe de lado a ferramenta e escute o som de um riacho ou ribeirão vindo da direita. Vá até lá e se ajoelhe em sua margem. Apanhe a água borbulhante, límpida e fresca nas mãos em concha e jogue-a no rosto, sabendo que se lava de todas as impurezas externas do corpo. Então, apanhe mais dessa água nas mãos e beba bem devagar, sabendo que se lava de todas as impurezas internas do corpo. Sinta-se renovado, tinindo, energizado e mais alerta.

Levante-se do riacho e, na borda do prado, encontre uma árvore que tem ramos carregados de folhas verdes. Sente-se debaixo dela. Então, com as costas apoiadas no tronco, aspire o oxigênio puro emitido pelas folhas, junto com o oxigênio em forma de luz azul e dourada que vem do sol e do céu por entre as folhas. Expire o dióxido de carbono na forma de fumaça cinzenta, que as folhas apanham e convertem em oxigênio. Esse oxigênio é liberado pelas folhas e percorre o tronco, penetrando no seu corpo através dos poros. Desse modo, você estará participando do ciclo de respiração com a árvore, em harmonia. Deixe seus dedos e artelhos se enfiarem na terra, como raízes, e retire dela sua energia. Fique assim por um momento, absorvendo tudo que necessita. Então, levante-se da árvore e veja como aparenta e se sente.

Guarde a imagem e os sentimentos para você quando deixar o jardim. Vá para casa pelo mesmo caminho que usou na ida e retorne à sua cadeira. Então, expire e abra os olhos.


ESCLEROSE MÚLTIPLA

Nome: Escada de Luzes
Intenção: curar o sistema nervoso.
Frequência: a cada 2 a 3 horas, enquanto estiver desperto, por nove ciclos de 21 dias, com 7 dias de intervalo. Em cada ciclo, na primeira semana, pratique o exercício durante 2 a 3 minutos; na segunda semana, por 1 a 2 minutos; na terceira semana, durante 30 segundos.

Esse exercício é um exemplo de como as técnicas de visualização são capazes de agir sobre o sistema nervoso. Quando ele está danificado, normalmente apenas uma parte ainda funciona. Essa parte deve ser estimulada por meio da visualização, para que o movimento despertado ali passe a promover um movimento na parte danificada. Um mecanismo de relé no sistema nervoso permite que os impulsos passem de cima para baixo e vice-versa, bem como da direita para a esquerda e no sentido inverso. A estimulação pela visualização pode vir, por exemplo, de uma luz direcionada para um nervo, evocando, assim, algum sentimento ou sensação. É claro que outros tipos de estimulação por imagens também podem ser usados. Não perca a esperança, nem creia que a paralisia é um estado impossível de ser superado.

A chave para os exercícios de visualização para danos no sistema nervoso é explorar os eixos em cima/embaixo e direita/esquerda do corpo. Por exemplo: se um paciente tem uma lesão no nervo da perna direita, o trabalho se concentraria nos nervos saudáveis do antebraço esquerdo. A perna embaixo é refletida em cima pleo antebraço do lado oposto — em cima/embaixo, direita/esquerda. O diafragma é o ponto de divisão. Se você rebater a parte superior do corpo sobre a inferior, suando o diafragma como meio, encontrará uma simetria quase perfeita. Por exemplo, os dedos correspondem aos artelhos; os pulsos, aos tornozelos; os cotovelos, aos joelhos; os ombros, aos quadris; e assim por diante. Fixe mentalmente essa organização em cima/embaixo e direita/esquerda quando considerar o uso de visualizações no tratamento do sistema nervoso danificado.

Apresento a seguir um exercício de visualização específico para esclerose múltipla. Nesta doença, os glóbulos brancos — que atacam toda substância percebida como invasora — tomam por engano a bainha de mielina, que reveste os nervos, como inimiga, atacando-a e destruindo-a.

Escada de Luzes

Feche os olhos. Expire três vezes. Exija internamente que seu corpo (e qualquer medicamento que estiver tomando) produza todas as substâncias curativas. Sinta e perceba-as sendo liberadas. Expire uma vez e veja todas as células nervosas sendo alimentadas por essas substâncias curativas. Expire uma vez, veja e sinta as células supressoras — um tipo de glóbulo branco diretamente ligado à função imunológica — ensinando aos outros glóbulos brancos a distinguir quem é amigo (a bainha de mielina) e quem é inimigo (bactéria). Sinta e veja isso acontecendo ao longo da coluna, de baixo pra cima, e até o cérebro, como uma escada de luzes pipocando e enviando centelhas de energia elétrica através do corpo. Expire uma vez, veja e sinta os nervos restituindo a mielina do cérebro até a base da espinhas, observando a energia descer em cascatas de espirais brancas e douradas. Então, abra os olhos.


CRÉDITOS

Este material foi compilado por Samej Spenser, com trechos do livro “Imagens que Curam — Práticas de visualização para a saúde física e mental”, do Dr. Gerald Epstein, no intuito de indicar e/ou recomendar a prática das visualizações àqueles que precisam.

Em alguns trechos, você encontrará palavras riscadas, assim; isso significa que é um trecho do livro que não está reproduzido neste material, ou referente a outro trecho que, por primar pelo respeito em manter a originalidade, mantive aqui.

Você encontrará também notas de rodapé e/ou notas de fim onde inseri determinadas informações que julgo pertinentes, e notas que são do próprio livro, sejam elas do autor e/ou editor. No final de cada nota você encontra a identificação de seu autor.

Os links contidos neste material foram também inseridos por mim no intuito de auxiliar na compreensão do conteúdo, sendo, portanto, inexistentes no conteúdo original do/no livro.

Desejo ardentemente que meus esforços em digitar este material seja coroado com o alcance dos resultados que você busca.

“O simples é mais funcional!”
— Samej Spenser


SOBRE O AUTOR

Gerald Epstein | © Scott Osman

GERALD EPSTEIN formou-se em medicina em 1961 e especializou-se em psiquiatria. Fez pós-graduação no Instituto Psicanalítico de Nova York e, em 1973, foi um dos cofundadores do Journal of Psychiatry & Law, no qual atuou como editor-chefe até 1986.

Em 1974, conheceu Colette Aboulker-Muscat, psicóloga e professora franco-argelina que o iniciou no processo de visualização mental e com quem estudou por nove anos. Em 1978, fundou o Instituto Americano de Visualização Mental, entidade reconhecida pelo Conselho de Educação do Estado de Nova York, para treinar profissionais da saúde e fornecer orientação ao público.

Suas incessantes pesquisas na área da visualização e da consciência resultaram neste Imagens que curam, publicado originalmente em 1984 e traduzido em onze idiomas. A ele seguiram-se vários livros.

Autor de inúmeros artigos, o Dr. Epstein deu aulas e palestras nos Estados Unidos e em vários países, como Canadá, Inglaterra, Hungria, Brasil e Israel. Para mais informações, acesse: www.drjerryepstein.org.[7]

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NOTAS


  1. O exercício extra mencionado que estaria no capítulo 5 foi adicionado à parte de visualizações desse documento por Samej Spenser, no intuito de facilitar a prática do leitor. [Nota de Samej Spenser].
  2. Ibid. [N. de S.S.]
  3. E·LÃ: (francês: élan) s.m.
    1. Impulso.
    2. Sentimento de energia e entusiasmo. (Dicionário Priberam).
    E·LÃ: (francês: élan) Entusiasmo; sentimento vivaz que motiva alguém a fazer alguma coisa.
    Impulso; movimento que ocorre súbita e espontaneamente: o elã da paixão.
    Vivacidade; expressão calorosa, amorosa, vivaz: falava com elã; elã político.
    Inspiração; criatividade ou suspiro criador: o elã do poeta.
    Gesto carinhoso, afetuoso, extrovertido: comunicava-se com elã.
    Elã Vital. Filos. Princípio que explica a evolução da vida nas suas mais variadas formas.
    (Dicionário Online de Português) [N. de S.S.].
  4. EN·GEN·DRAR: (latim ingenero, -are, gerar, procriar, fazer nascer, criar, inspirar) v.t.
    1. Dar origem a. = CRIAR, GERAR, ORIGINAR;
    2. Criar mentalmente. = ARQUITETAR, ENGENHAR, INVENTAR; v.p.
    3. Ter origem.
    (Dicionário Priberam). [N. de S.S.].
  5. Embora a terminologia médica atual seja “tubas uterinas”, mantivemos trompas de Falópio por considerá-las mais familiar aos leitores. [Nota do Editor].
  6. O nó górdio é um laço impossível de desatar criado pelo rei Górdio a Frígia. Desafiado a fazê-lo, Alexandre, o Grande, só encontrou uma solução: cortá-lo. [N. E.].
  7. A descrição do autor aqui presente é a mesma utilizada na orelha da capa do livro “Imagens Que Curam”, e o referido site está em Inglês. [N. de S.S.].