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January 10, 2022

Induções e sugestões hipnóticas inusitadas!

Imagem: Google Imagens

Dia 11 de setembro de 2010, estávamos Phill Zhen e eu num bar a̶q̶u̶i̶ perto de casa, tomando uma cervejinha, (merecida, diga-se de passagem), quando alguns amigos começaram a chegar…
Logo de cara, dois deles já me cercaram fazendo perguntas sobre Hipnose.

Resolvemos, (os recém chegados e eu), ficar nas mesas do lado de fora por causa dos fumantes que estavam conosco. Já o Phill ficou lá dentro, conversando com outros amigos.

Dois dos amigos que estavam comigo são irmãos, e um deles já havia sido hipnotizado por mim numa ocasião na escola de idiomas onde estudei, (e onde ambos são professores).

O mais velho disse que conseguiu hipnotizar o irmão mais novo, mas não conseguiu ser hipnotizado. Queria a todo custo ser hipnotizado para saber como é.

Resolvi então fazer algumas demonstrações rápidas. De maneira fácil, coloquei o mais novo em transe, apliquei algumas sugestões simples, tais como esquecer o nome, o número 3, e etc. Excluindo o irmão dele, todas as outras três pessoas que estavam na mesa, começaram a dizer que tudo não passava de “truque”, que era combinado e etc., que só acreditariam se eu fizesse com eles próprios. Decidi então realizar o desejo deles, mas não falei nada. Continuei a “brincar” com os dois irmãos como se os outros não tivessem dito nada. (risos)

Quando percebi que havia conseguido o rapport necessário dos que estavam assistindo, voltei-me para uma das meninas e disse:

“Quer experimentar?”

Ela mais do que depressa aceitou. Então eu disse:

“Olhe para os meus olhos e esqueça tudo o que está a nossa volta… vou contar até três, e quando disser três, você vai relaxar… e conforme você relaxa após a contagem de três, você perceberá que a sensação é maravilhosa… ficará feliz em relaxar após a contagem de três… e isso fará com que você relaxe ainda mais! Pronta, né?!! (…) Vamos lá: 1… 2… 3! Relaxe agora!”

Ela simplesmente deixou a cabeça cair para frente, e eu mais do que depressa, sugestionei:

“Excelente! (…) Você é uma ótima pessoa, (…) super inteligente por se permitir relaxar tão rápida e profundamente. (…) Meus parabéns! (…) Vou contar de três à um… e você voltará aqui comigo… trazendo consigo todo o bem estar que sente agora! (…) 3… 2… 1! Volte!”

E ela, completamente responsiva, voltou com uma expressão alegre e jovial em seu rosto. Mas reclamou que não “mandei” com que ela fizesse as coisas que havia feito com os irmãos. Não dei bola ao que ela disse e voltei a trabalhar com os irmãos.

No meio das sugestões com os dois, ela se levantou dizendo que ia ao banheiro, eu a chamei rapidamente, ela apenas voltou o rosto em minha direção e eu disse:

“Pode ir ao banheiro, mas quando você estiver voltando, pode se lembrar de esquecer, (…) ou esquecer de lembrar, (…) que a perna direita não está normal. (…) Você voltará mancando, com a perna direita dura, (…) como se estivesse engessada, (…) mas só quando você voltar você se esquecerá que fui eu quem lhe pediu isso, OK?!!”

Voltei-me para os irmãos e continuei de onde parei. E ela seguiu normalmente para o banheiro. Quando ela estava voltando, eu apenas mostrei para os demais, e para ela mesma, (que não havia percebido ainda), que sua perna direita estava rígida, e que mancava levemente. Quando ela se sentou, manteve sua perna rígida, e reclamou comigo que estava incômodo manter a perna daquela forma. Eu simplesmente disse:

“Se eu estava fingindo, ou se havia combinado com os meninos anteriormente pode ser que eu tenha combinado algo contigo também, certo?”

E ela disse:

“Não, agora eu acredito! Eu não te conhecia antes de chegar aqui”.

Foi quando eu respondi:

“Então você está hipnotizada. DORME!

Foi como se ela tivesse esquecido como manter a cabeça sobre os ombros. Ela desmontou ali mesmo, sentada sobre a cadeira do bar, na calçada, num frio danado.
Trouxe-a de volta, dizendo que ela estaria se sentindo bem, que a perna teria voltado ao normal e etc.

Com isso, os outros que estavam à mesa começaram a pedir e eu comecei a realizar tantas brincadeiras quanto me foi possível. Chegou um ponto em que eu até tive alguma dificuldade em pensar em algo novo para não repetir as anteriores. Foi quando me peguei pensando em algo completamente inusitado, (ao menos para mim). A luz do poste, no outro lado da rua, refletiu no alargador de um dos irmãos, (o mais novo, no caso). Voltei-me para a mesma moça e disse à ela em tom de conversa:

“Você sabia que existem certos materiais que funcionam para os membros humanos como os ímãs para os metais?”

Ela respondeu que não, então continuei:

“Por exemplo, o material com que foi confeccionado o alargador da orelha esquerda do Kito, (o mais novo na dupla de irmãos) é um desses materiais que atraem os membros humanos. Você vai perceber que daqui a pouco seu dedo indicador da mão direita vai se sentir atraído pelo alargador, e essa atração não cessará até que você atravesse o dedo dentro do alargador do Kito”.

Ela fez cara de pouco caso, daquela forma de quem quer mostrar que não concorda com o que foi dito, mas, sem que ela percebesse, sua mão direita começou a levantar de sua perna, seu dedo indicador foi subindo, e eu lhe mostrei:

“Olhe seu dedo, ele já está a caminho!” (Risos)

Quando ela viu seu dedo e sua mão flutuando sobre sua perna, ficou pasma… mas disse, enfaticamente, que não iria até o outro lado da mesa para colocar o dedo no alargador.

Sua mão continuou a percorrer o caminho até o outro lado da mesa. Chegou um ponto em que ela foi obrigada a levantar, dar a volta para que seu dedo pudesse alcançar o objetivo, mas a trajetória do dedo é que foi interessante (e isso não fazia parte da sugestão que apliquei, foi “intuitivo”): enquanto ela precisou dar a volta na mesa, sua mão e seu dedo mantiveram uma trajetória retilínea, da mesma forma como a atração magnética ao atrair um pedaço de metal.

Ela empurrou duas outras cadeiras, (com seus ocupantes), até alcançar a orelha esquerda do rapaz. A orelha esquerda do Kito estava no sentido contrário ao dela, e ela foi (praticamente) obrigada a “abraçar” o rapaz para conseguir introduzir o dedo no alargador da orelha do mesmo.

No momento em que ela estava levantando para percorrer o percurso, o Phill veio chegando até nossa mesa, e ficou dando risada por uns três minutos.

Foi muito interessante ver o resultado obtido.

Neste mesmo dia, houve muitas outras sugestões engraçadas. E o objetivo dos irmãos também foi alcançado.

E você, já fez algum tipo de sugestão inusitada ou “diferente”? Conte-me nos comentários logo abaixo!


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